Regência Verbal - Verbo "Esquecer"

Hoje ao abrir o meu Face, me deparei com a seguinte piadinha:

Deixando a piada de lado, vamos falar sobre um assunto que confunde bastantes pessoas por aí: a regência do verbo "esquecer".

Devemos saber que o verbo "esquecer" (nesse contexto) é um verbo transitivo indireto, ou seja, esse é um verbo que exige um complemento e esse complemento virá acompanhado de uma preposição.

Quem esquece... esquece de algo ou de alguma coisa.

Mais uma vez:

nesse contexto, o verbo "esquecer" deverá ser obrigatoriamente seguido da preposição "de", pois quem esquece, esquece de alguma coisa. Sendo assim, as frases apresentadas na imagem acima possuem um desvio da linguagem padrão, um desvio da linguagem normativa. Vamos corrigi-las?

Hoje eu esqueci (sic) que já tinha tomado café da manhã e comi de novo.

Hoje eu esqueci DE que já tinha tomado café da manhã e comi de novo.

Hoje eu esqueci (sic) que já tinha dormido e dormi de novo.

Hoje eu esqueci DE que já tinha dormido e dormi de novo.

Entendido? Vejamos outros exemplos:

Luciana esqueceu de acender a vela durante aquela noite.

Nunca esqueça de mim.

Jamais esquecerei de você.

Essa é uma história DE que jamais esquecerei.

É isso. 

Os pronomes possessivos da língua portuguesa

Boa noite, amigos

Hoje iremos conhecer os pronomes possessivo de nossa língua. Irei dividir esse assunto em dois post's diferentes: o primeiro apenas apresentando esses pronomes e, logo depois, a sua utilização em nossa língua (função e emprego).

Os Pronomes Possessivos - Definição

São pronomes possessivos aquelas palavras que dão ideia de posse com relação às pessoas do discurso. Acho que vale a pena "decorá-los":

1ª pessoa do singular (eu): meu, minha, meus, minhas;

2ª pessoa do singular (tu): teu, tua, teus, tuas;

3ª pessoa do singular (ele ou ela): seu, sua, seus, suas;

Obs.: Quando você se referir à pessoa "você", utilize os pronomes possessivos da 3ª pessoa do singular.

(eu) Esse é meu carro.

(você) Esse é seu carro.

1ª pessoa do plural (nós): nosso, nossa, nossos, nossas;

2ª pessoa do plural (vós): vosso, vossa, vossos, vossas;

3ª pessoa do plural (eles ou elas): seu, sua, seus, suas

Obs.: Repare que - tanto na terceira pessoa do singula (ele / ela), quanto na do plural (eles, elas) -  utilizamos os mesmos pronomes possessivos: seu, sua, seus, suas.

Devemos ficar atentos a um outro fato: os pronomes possessivos não concordam com a pessoa do discurso, mas com a "coisa" possuída:

João, está é sua maleta.

 (o pronome "sua" concorda com "maleta" e não com "João").

Falarei sobre isso em nosso próximo texto, onde discutiremos o emprego desses pronomes na língua portuguesa. Por enquanto, acho interessante apenas conhecê-los e memorizá-los, pode ser?

Vejo você em nosso próximo encontro.

TABELA DOS PRONOMES POSSESSIVOS

Rapidinhas do Face

Acentuação dos verbos derivados do verbo TER

Boa tarde, pessoal,

hoje falaremos sobre a acentuação dos verbos derivados do verbo "ter". Vejamos alguns exemplos:

-deter;
-manter;
-entreter;
etc.

Essa é uma dica ótima para aqueles que costumam errar esses verbos em suas redações; portanto, prestem atenção.

Esses verbos, quando regidos por um sujeito no singular, recebem acento agudo (´). Ex.:

O aluno detém o conhecimento necessário. (sujeito: o aluno - singular)

A criança mantém silêncio na sala. (sujeito: a criança - singular)

O filme entretém as crianças. (sujeito: o filme - singular)

Caso o sujeito esteja no plural, esses verbos passam a receber acento circunflexo (^). Ex.:

Os alunos detêm o conhecimento necessário. (sujeito: os alunos - plural)

As crianças mantêm silêncio na sala. (sujeito: as crianças - plural)

Os filmes entretêm as crianças. (sujeito: os filmes - plural)

Não se esqueça dessa dica ao escrever seus textos, ok? Fique sempre atento ao sujeito para não errar na acentuação.

E aí você me pergunta: Mas por que essa diferenciação? E eu lhe respondo: apenas para não deixar dúvidas quanto à informação. Esses verbos podem gerar ambiguidade na frase, quando não acentuados, ou acentuados de forma incorreta. Quer um exemplo? Veja a oração abaixo:

Que poder detem os jovens?

Repare na frase acima que, sem o acento, não saberíamos definir exatamente quem é o sujeito. Isso torna essa frase ambígua (com dois sentidos diferentes). Se optarmos por um acento agudo, o sujeito será a palavra "poder".

Que poder detém os jovens?

Sujeito: poder

Significado: que poder é capaz de parar os jovens.

Já se optarmos por colocar o acento circunflexo no verbo, o sujeito passa a ser "jovens", no plural:

Que poder detêm os jovens?
Sujeito: os jovens
Significado: que poder os jovens têm nas mãos? Na ordem correta "Que poder os jovens detêm?".

Analise os dois casos acima e tire suas próprias conclusões: um único acento é capaz de mudar todo o sentido de uma frase, de uma oração. É por esse motivo que é tão importante conhecermos as regras da língua para não erramos quando formos avaliados.

Abraço a todos e até a próxima.

Rapidinha: Os verbos MARIO

Preste atenção aos verbos abaixo: (Eu os chamo de MARIO para facilitar a memorização.)

M - mediar
A - ansiar
R - remediar
I - incendiar
O - odiar

O estudante geralmente se confunde ao conjugá-los na primeira pessoa no presente do indicativo:

Eu odeio
Eu incendeio

Até aí tudo bem. E os outros? Aí vem a confusão.

M - Eu medeio (e não medio)
A - Eu anseio
R - Eu remedeio (remedio está errado, ok?)
I - Eu incendeio
O - Eu odeio

Simples, não? Então não erre mais.

Reforma Ortográfica I - Hífen e Trema

Como você já deve saber, nossa língua passou recentemente por algumas mudanças em relação à ortografia, mais precisamente em 1 de janeiro de 2009, data em que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto.

Sendo assim, vamos discutir algumas dessas mudanças que - inclusive - passam a valer em outros países do mundo que também têm como língua materna a língua portuguesa.

Hoje vamos falar do uso (ou melhor, do não uso) do hífen e o do trema.

O Hífen

O hífen não é mais utilizado para separar palavras cujo prefixo termina em vogal e o segundo vocábulo começa com uma vogal diferente. Veja alguns exemplos:

extra-escolar, passa - agora - a ser escrito extraescolar;

(a palavra "extra" termina com a vogal "a", e o vocábulo "escolar" começa com a vogal "e").

aero-espacial vira aeroespacial;

auto-estrada vira autoestrada.

Então lembre-se disso: o hífen nesse tipo de construção não existe mais.

O trema

Já o trema (aqueles dois pontinhos utilizados sobre o "u") não existe mais. Portanto esqueça esse sinal gráficos em seus próximos textos.

freqüente, agora é frequente;

lingüiça, passa a ser linguiça

seqüestro deixa o trema e agora é grafado sequestro

Mas atenção: em nomes e marcas comerciais o trema continua, ok? Ex.: Müller, Citröen etc. Essa é uma questão que foge à nossa língua e aí fica difícil mexer.

Falarei mais sobre outras regras que mudaram na última reforma em nossos encontros aqui no blog. Peço apenas que estude o que aqui já discutimos e tente adotar essas novas palavras em seus textos do dia a dia para que você possa ir se acostumando e não erre em suas redações.

Grande abraço e espero por vocês em nosso próximo encontro.

P.S.: Dúvidas sobre esse assunto? Deixe sua pergunta nos comentários.

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

ÁREA: SINTAXE
ASSUNTO: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

Você saberia identificar a diferença entre uma frase, uma oração e um período?

Ao estudar sintaxe, é importante identificar a diferença entre esses três termos muito discutidos em nossa gramática.

Vamos - hoje -  conhecer as diferenças entre esses três termos:

A frase
A frase é um enunciado que possua sentido, havendo ou não a presença de um verbo.

Ex.:
Silêncio! (frase sem a presença de um verbo)
Bom dia, garotos. (aqui também temos uma frase sem verbo)
Hoje é domingo.(frase com a presença do verbo "ser")

A oração
A oração também é formada por um enunciado com sentido completo; entretanto, é obrigatória a presença de um verbo. Se não há verbo, não há oração.

Ex.:
Hoje é domingo. (verbo ser)
Eu queria um presente de Natal. (verbo querer)
O mundo precisa de paz. (verbo precisar)

Nota do blogueiro: repare acima que toda oração é uma frase, pois há sentido completo; mas nem toda frase é uma oração, pois nem toda frase possui a presença de um verbo.

Período
O período é uma frase constituída por uma ou mais orações.

Ex.:
O mundo precisa de paz. (período composto por uma única oração).

Hoje é domingo e estou de folga. (período composto por duas orações, pois há a presença de dois verbos - ser e estar).

Se o período contiver apenas uma oração, o chamaremos de período simples; caso seja constituído por duas ou mais orações, chamaremos de período composto.

Após conhecer a definição de cada um dos termos acima, acredito que seja interessante você perceber a relação entre eles. Veja o diagrama abaixo:

 

Analisando acima, podemos perceber que a frase é um subconjunto da oração, ou seja, toda oração é obrigatoriamente uma frase. Percebemos também que a oração é um subconjunto do período. Isso quer dizer que toda oração é obrigatoriamente um período.

Essa é a base da sintaxe. Espero que tenha entendido o conteúdo e - se tiver dúvidas - deixe suas perguntas nos comentários.

Até a próxima.

[Aula 002] Fonologia: identificando os fonemas

Hoje iremos aprender como contar os fonemas de palavras da língua portuguesa. Isso é importante porque nem sempre haverá uma equivalência entre o número de fonemas e letras em um mesmo vocábulo.

Vamos - inicialmente - pegar uma palavra bem fácil. Veja a imagem abaixo:

Sabemos que a palavra "caneta" possui 6 letras, certo? (c-a-n-e-t-a = 6 letras). Mas quantos fonemas podemos encontrar nesse vocábulo? Quantos sons podemos identificar na palavra "caneta"?

Para facilitar a contagem, vamos analisar a palavra por sílaba. Veja abaixo:

 

Fale em voz alta a primeira sílaba dessa palavra: CA. 

Preste atenção em quantos sons distintos você consegue identificar. Se você analisar direito, irá perceber que saem de sua boca dois sons: o /k/ e o /a/. Sendo assim, fica fácil percebermos que essa sílaba possui 2 fonemas.

Vamos para a próxima sílaba:

 

Na segunda sílaba, também identificamos 2 fonemas (sons). Fale em voz alta a sílaba "NE". Perceba que saem  também 2 sons: o /n/ e o som do /e/. 

E - finalmente - vamos para a terceira sílaba:

 

Na sílaba "TA", identificamos mais 2 sons: o /t/ e o /a/. Sendo assim, a palavra caneta possui 6 fonemas.

 

Como você pode perceber acima, a palavra "caneta" possui 6 letras e 6 fonemas.

Agora que já fizemos um passo a passo na contagem dos fonemas de uma palavra, vamos tentar outra para praticarmos essa atividade?

Quantas letras e quantos fonemas há na palavra "CHAVE"?

Contar as letras é um processo simples. Vemos que na palavra "chave" há 5 letras. E os fonemas? Vamos contá-los? 

Vamos fazer a contagem utilizando o mesmo processo, por separação silábica:

 

Na primeira sílaba da palavra "chave", podemos identificar 2 fonemas (2 sons). Fale em voz alta essa sílaba e perceba que apenas 2 sons saem de sua boca.

cha = /xa/ (percebemos aqui o som do /x/ e do /a/)

Na segunda sílaba, vejamos quantos sons podem ser identificados:

 

Ao pronunciar a 2ª sílaba, identificamos mais dois sons: o do /v/ e o do /i/. 

Portanto, na palavra "chave" encontramos 4 fonemas, apesar das 5 letras.

 

Fácil, não? Lembre-se de que, caso tenha alguma dúvida, basta entrar em contato comigo deixando sua pergunta aqui nos comentários, ok? 

Nota do blogueiro: repare que na pavra "chave" a segunda sílaba (ve) possui representação fonética como /vi/ com som de /i/. Isso porque no português de Minas Gerais costumamos emitir esse som como /i/. (/xavi/). Em outros locais do Brasil, pronuncia-se como /e/ (/xave/).

E para finalizar, vamos fazer mais um exercício de contagem de fonemas?

Quantas letras e quantos fonemas há na palavra "FIXO"?

Facilmente podemos perceber que essa palavra possui 4 letras, mas quantos fonemas podemos identificar? Vamos analisar?

 

Na 1ª sílaba fica clara a identificação de 2 fonemas: o som do /f/ e o som do /i/. Fale a sílaba e perceba que esses dois sons saem de sua boca.

Já na segunda sílaba, são emitidos 3 sons. Repare que a letra "x" possui dois sons "embutidos": o som do /k/ e o som do /s/. Fale a palavra em voz alta de tente identificar os sons que saem de sua boca.

Agora fica fácil analisar a palavra acima, não é mesmo? Como você pode perceber, a palavra "fixo" possui 4 letras e 5 fonemas.

Como podemos ver também (e já havia dito isso anteriormente), nem sempre o número de letras e de fonemas são iguais em uma palavra. Isso ocorre or dois motivos:

1º) às vezes uma única letra pode apresentar mais de um som.

Ex.: a palavra "taxi" possui 4 letras e 5 fonemas /t a k s i/.

2º) às vezes um único som (fonema) pode ser representado por mais de uma letra.

Ex.: a palavra "carro" possui 5 letras e 4 fonemas /k a R u/.

Nota do blogueiro: repare acima que o dígrafo "rr" na palavra "carro" possui apenas um som e na transcrição fonética será representado por um /R/. Veja a diferença:

carro = / k a R u /

caro = / k a r u /

É isso! Na próxima aula de Fonologia, iremos falar sobre a classificação dos fonemas da língua portuguesa e daremos continuidade ao assunto. Lembre-se de que estou sempre aqui aguardando por suas perguntas, ok?

Vou deixar um pequeno exercício aqui para vocês e a gente corrige em nosso próximo encontro.

Abraço a todos.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01) Quantos fonemas há nas palavras abaixo?

a) caderno

b) braço

c) criatura

d) carroça

e) assento

02) Em qual das palavras abaixo existem mais letras do que fonemas? 

caderno - chapéu - táxi - livro - disco

03) Em qual das palavras abaixo existem mais fonemas do que letras?

campista - menino - carro - fixo - lápis

04) Quantos fonemas há na palavra "representante"?

a) 13     b) 12     c) 11    d) 10     e) 14

05) Qual palavra tem o mesmo número de fonemas que "cheque"?

a) fixo     b) lixo     c) ilha     d) caixa     e) sapato

Questão Comentada

ÁREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: SUBSTANTIVO
NÍVEL: FÁCIL

Há alguns dias, deixei aqui no blog a seguinte questão:

Questão publicada no vestibular da FAAP-SP:

"Subirei no pau de sebo / Mando chamar a mãe d'água."

Ambos os substantivos compostos no plural:

a) paus de sebo / mães d'água
b) pau de sebos / mãe d'águas
c) paus de sebos / mães d'águas
d) os pau de sebo / as mãe d'água
e) os pau de sebos / as mãe d'águas

Vamos ver a resposta correta?

Essa é uma questão bem simples de se resolver. Trata-se do estudo do plural de substantivos compostos (veja o post que fala sobre isso aqui).

Se você reparar, os dois substantivos compostos são separados por uma preposição e, segundo a norma gramatical, quando temos esse tipo de substantivo, apenas o primeiro nome vai para o plural. Portanto, o plural de "pau de sebo" é "paus de sebo" e o plural de "mãe d'água" é "mães d'água". Fazendo essa análise, podemos verificar que a resposta correta seria a letra "a".

Simples, não? Pois bem, continue estudando e tenho certeza de que você aprenderá bastante acompanhando nossos posts aqui no blog.

Abraço a todos.

[Aula 001] Fonologia: definição de fonemas

Vejamos as palavras abaixo:

Do ponto de vista fonológico (estudo dos sons), qual é a diferença entre elas? Leia em voz alta e tente identificar.

Agora leia novamente em voz alta as palavras abaixo:

 

Identifique novamente a diferença entre os dois vocábulos acima. E, finalmente, leia - mais uma vez - as palavras abaixo:

 

Se você reparar os pares de palavras acima, irá identificar que a diferença entre elas ocorre em apenas um único elemento sonoro.

1) faca - foca (muda apenas um som ao pronunciarmos essas palavras, não é mesmo?)

2) faca - fada (o mesmo ocorre aqui, apenas um único som é alterado, leia e comprove...)

3) faca - maca (aqui também, você consegue perceber?)

A essa única distinção sonora capaz de mudar completamente a palavra, damos o nome de FONEMA.

Guarde isso:

"Fonemas são unidades sonoras mínimas capazes de estabelecer distinção entre as palavras de uma língua."

Preste atenção: não estamos aqui discutindo as letras das palavras, mas os sons que são produzidos quando a pronunciamos. Estamos aqui estudando FONOLOGIA, que - como disse anteriormente - é a parte da gramática que estuda os fonemas (os sons) de uma língua.

Leia novamente o par de palavras abaixo e tente identificar o único som capaz de mudar completamente as palavras:

 

Repare que na primeira palavra, ao pronunciá-la, o segundo fonema é um /a/; enquanto na segunda palavra, o segundo fonema é um /o/.

/f a k a/ e

/f o k a/

Esses são os  dois fonemas que diferenciam essas duas palavras.

Nota do blogueiro: em fonologia, quando estudamos sons, o representamos no papel entre duas barras oblíquas.

Outra coisa importante: não podemos confundir fonemas com letras. Fonemas são fenômenos acústicos (sons); enquanto as letras são a representação gráfica dos fonemas no papel ou em qualquer outra mídia. Os fonemas são estudados na Fonologia; e as letras, estudadas na Ortografia.

Na aula 002 desse curso, iremos aprender a identificar os fonemas das palavras, contá-los e diferenciá-los das letras. Espero por você em nosso próximo encontro de Fonologia, ok?

Enquanto isso, estude o que aqui publiquei e - caso tenha dúvidas, deixe suas perguntas nos comentários dessa aula.

Até mais e bons estudos.

EXERCÍCIO

Questão publicada na prova do Concurso Público para Agente de Segurança Penitenciário. Fundação Guimarães Rosa. Ano 2007 - Questão 02

... chegou a dizer que dois carcereiros tentaram apartar o ataque, mas "foram recebidos com um milhão de balas".

É CORRETO afirmar que a expressão destacada na frase acima é uma figura de pensamento:

a) Ironia

b) Prosopopeia

c) Hipérbole

d) Gradação

Nota do blogueiro: tente resolver essa questão com base em seus conhecimentos anteriores. Corrijo e comento em nosso próximo post.

Abraço a todos.

HIFENIZAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

AREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Vimos em um post anterior o plural dos substantivos compostos (leia aqui) e - não sei se você reparou - alguns substantivos apresentavam suas palavras separadas por hífen e outras não.

pé de moleque (sem hífen)
pimenta-do-reino (com hífen)
mula sem cabeça (sem hífen)
cana-de-açúcar (com hífen)

E aí fica a pergunta: por que alguns sunbstantivos compostos são separados por hífen e outros não?

De acordo com a última reforma ortográfica, todos os substantivos compostos NÃO deverão ser grafados com hífen, com exeção de palavras vindas da botânica ou  zoologia.

É por esse motivo que as palavras "pimenta-do-reino" e "cana-de-açúcar" ainda recebem hífen. Nos demais casos, com exceção do grupo acima citado, está excluída essa regra.

Fica aí a dica. Bons estudos...

EXERCÍCIO

ÁREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: SUBSTANTIVO
NÍVEL: FÁCIL

Questão publicada no vestibular da FAAP-SP:

"Subirei no pau de sebo / Mando chamar a mãe d'água."

Ambos os substantivos compostos no plural:

a) paus de sebo / mães d'água
b) pau de sebos / mãe d'águas
c) paus de sebos / mães d'águas
d) os pau de sebo / as mãe d'água
e) os pau de sebos / as mãe d'águas

Nota do blogueiro: fique a vontade em responder a questão acima nos comentários. Amanhã trago a resposta.

Boa noite a todos.

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Atualização do post
Veja a resposta dessa questão clicando aqui.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS (2)

ÁREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Boa tarde, amigos

Vamos falar mais uma vez sobre o plural dos substantivos compostos. Já falamos sobre isso antes (leia aqui) e vamos dar continuidade ao assunto.

Hoje, vamos aprender a pluralizar os substantivos compostos que são separados por uma preposição. Um exemplo?

pé de moleque

Repare que o substantivo acima é formado por três palavras, sendo a do meio uma preposição. Quando isso ocorre, apenas o primeiro vocábulo deverá ir para o plural. Sendo assim, o plural de pé de moleque é:

pés de moleque

Regra simples, não é mesmo? Então lembre-se: forma-se o plural dos substantivos compostos separados por preposição apenas pluralizando o primeiro vocábulo do grupo. Vejamos outros exemplos:

água de colônia

Pl.: águas de colônia

pé de cabra

Pl.: pés de cabra

pimenta-do-reino

Pl.: pimentas-do-reino

mula sem cabeça

mulas sem cabeça

cana-de-açúcar

Pl.: canas-de-açúcar

Só não podemos deixar que uma regra invalide outra. No texto passado sobre esse assunto, disse que se a palavra for invariável (verbos, advérbios etc), o substantivo composto - mesmo com preposição - continua invariável.

o "fora da lei" (fora é advérbio, portanto, invariável)

pl.: os fora da lei

Por agora é só. Estude esse assunto e aguarde que volto com novos exemplos e textos. Se tiver dúvida sobre esse assunto, deixe seu comentário aqui no blog ou em nossa publicação no Facebook. Terei o maior prazer em respondê-los.

Abraço e bons estudos.

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Temas Relacionados

1. Plural dos Substantivos Compostos (parte 1)

O NUMERAL "AMBOS"

ÁREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: NUMERAL

Você sabia que a palavra "ambos" se enquadra na classe dos numerais?

É isso mesmo. A palavra "ambos" é classificada como um numeral pois significa "os dois"; passando-nos essa ideia de numeral, quantidade, conforme você pode verificar no período abaixo:

Atlético e Cruzeiro venceram o jogo no último domingo. AMBOS se classificaram para a próxima etapa.

Repare que a palavra acima destacada pode perfeitamente ser trocada por "OS DOIS".

OS DOIS se classificaram para a próxima etapa.

Por esse motivo a palavra "ambos" é morfologicamente classificada como um numeral.

E para finalizar, vale a pena relembrarmos essa classe gramatical: a classe dos numerais.

"Numerais são palavras que indicam a quantidade de elementos ou sua ordem de sucessão."*

Os numerais podem ser:

Cardinais: um, dois, três, dez, cem, mil etc.

Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, décimo, centésimo, milésimo etc.

Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo etc.

Fracionários: metade, terço, quarto, onze avos etc.

E agora, você também já sabe: ambos também faz parte dessa classe.

Muito bem, ficamos por aqui e volto a qualquer momento com mais um texto para vocês.

Dúvidas sobre esse conteúdo? Envie sua pergunta nos comentários.

Abraço a todos e bom dia.

*fonte: Gramática, Literária e Redação para o 2° grau. Editora Scipione. Cap. 9

NÃO ERRE NA REDAÇÃO

Boa noite, pessoal.

Veja a oração abaixo e identifique onde houve um erro do ponto de vista gramatical, um descuido da linguagem formal:

"Feliz é o pai cujo os filhos são ajuizados."

E aí? Encontrou o problema?
.
.
.
.
.
Deixe-me comentar esse leve descuido, que pode - inclusive - contar como ponto negativo em uma eventual redação:

Você precisa saber que o artigo "os" na oração não combina com o pronome relativo "cujo". Isso é regra: nunca podemos utilizar artigo depois do pronome relativo "cujo" (e suas variações).

*Feliz é o pai cujo os filhos são ajuizados.

O correto seria:

Feliz é o pai CUJOS FILHOS são ajuizados.

Então lembre-se disto: nunca combine numa mesma oração o pronome relativo "cujo" e suas variações (cuja, cujos, cujas) com artigos (o, a, os, as). É erro grave.

Fica aí a fica.

Boa noite a todos.

A REGÊNCIA DO VERBO ASSISTIR

O verbo "assistir", no sentido de "ver", "prestar atenção", sempre pedirá a preposição "a".

Quem assiste, assiste a alguma coisa.

Errado:
Assistimos o campeonato.

Correto:
Assistimos AO campeonato.

Vejamos mais alguns exemplos:

Assisti à missa no último domingo.

Todos assistiram ao filme da última sessão.

Se você deixar de colocar a preposição "a" ao verbo "assistir", o seu sentido irá mudar. Nesse caso, ele assume a ideia de "prestar assistência", "ajudar". Veja:

O médico assistiu o paciente. (ajudou o paciente)

Essa é uma lei que assiste o consumidor. (que o ajuda, presta-lhe assistência)

Existem outras duas situações de regência com o verbo assistir, mas deixemos isso para uma próxima oportunidade.

Vejo vocês.

O ADJETIVO "BASTANTE"

Uma dica na madrugada:

Você sabia que o advérbio "bastante" pode se comportar como adjetivo?

Se ele estiver caracterizando um substantivo, deixa de ser advérbio e passa a ser adjetivo (inclusive podendo ir para o plural).

Ex.:
Bastante gente assistiu ao show naquela noite.

Repare que o "bastante" acima se refere ao substantivo "gente". Trata-se de um adjetivo. (Vá entender....)

Repare que, se eu troco a palavra "gente" por "pessoas", o adjetivo concorda com essa nova palavra.

Bastantes pessoas assistiram ao show naquela noite.

Curioso, não?

Até mais, amigos.

O USO DO "S"

ÁREA: ORTOGRAFIA
ASSUNTO: O USO DO "S"

Lembre-se disso: adjetivos terminados pelo sufixo "-oso / -osa" indicadores de abundância, estado pleno são sempre grafados com "s" e não "z".

Ex.: formoso, dengoso, horrorosa, cheirosa etc.

Simples, não? Até mais...

GÊNERO DO ADJETIVO

ÁREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: GÊNERO DO ADJETIVO

Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser classificados em uniformes e biformes.

Mas antes, vamos relembrar o que e um adjetivo:

Adjetivos são palavras que caracterizam o substantivo (nome), dando a ele uma qualidade, um atributo, um estado ou um modo de ser.

Ex.:
... 1) Homem BONITO (qualidade)
2) caneta AZUL (atributo)
3) criança CALMA (estado)

Lembre-se disso: um adjetivo sempre qualifica um nome, sempre qualifica um substantivo.

Quanto ao gênero, como já disse anteriormente, os adjetivos podem ser classificados em uniforme ou biforme.

Um adjetivo será uniforme quando possui uma única forma para ambos os gêneros (masculino e feminino).

Ex.:
Homem inteligente
Mulher inteligente

Repare que o adjetivo "inteligente" não muda, é o mesmo tanto para o homem, quanto para a mulher. Temos aqui um adjetivo uniforme.

Vejamos outros exemplos de adjetivos uniformes:

Cachorro JOVEM
Cadela JOVEM

Plano INFALÍVEL
Ideia INFALÍVEL

Filme INTERESSANTE
Novela INTERESSANTE

Já os adjetivos biformes "mudam" sua estrutura dependendo do gênero a que se referem (masculino ou feminino).

Ex.:
Homem bonito
Mulher bonita

Repare acima que houve uma variação no adjetivo de acordo com o gênero caracterizado. O "homem" é "bonitO" e a "mulher" é "bonitA".

Vejamos outros exemplos de adjetivos biformes:

Aluno HONESTO
Aluna HONESTA

Menino ESTUDIOSO
Menina ESTUDIOSA

Cachorro BRAVO
Cadela BRAVA

É isso. Espero que tenha entendido todo o conteúdo aqui apresentado.

Tem dúvidas sobre esse assunto? Poste sua pergunta nos comentários. Será um prazer responder.

Wenderson Andrade

O USO DO Ç

ÁREA: ORTOGRAFIA
ASSUNTO: O USO DO Ç

Só pra constar: você NUNCA se escreve com "ç". Lembre-se de que o "ç" só pode ser usado com "a", "o" , "u" e "ão"; logo, "você" com "ç" está fora de cogitação.

ça: caça, linguiça, coça
ço: paçoca, pescoço
çu: açúcar, Iguaçu
ção: exceção, execução

... ce: doce, alcance
ci: ciúme, vacilo

E isso.

PALAVRAS PARÔNIMAS

ÁREA: ORTOGRAFIA
ASSUNTO: PALAVRAS PARÔNIMAS

Parônimos são palavras parecidas mas que possuem significados diferentes.

Sempre vou abordar aqui pares de palavras parônimas e seus respectivos significados.

Vamos lá?

1) Retificar
2) Ratificar

Essas são palavras parônimas, parecidas mas que são diferentes do ponto de vista semântico.

1) Retificar: corrigir, consertar

2) Ratificar: confirmar

Ex.:
O professor retificou a redação do aluno. (corrigiu, consertou).

O professor analisou a redação do aluno e ratificou a sua nota no computador. (confirmou).

E isso aí. Volto em outra oportunidade para falar sobre esse assunto novamente.

Tem dúvida sobre esse assunto? Deixe suas perguntas nos comentários.

O USO DO X

ÁREA: ORTOGRAFIA
ASSUNTO: O USO DO X

Vejo muita gente confundindo a letra "x" com o dígrafo "ch".

Aí vão duas dicas interessantes:

1) depois de ditongo, normalmente usamos "x".
Ex.: eixo, caixa, faixa, peixe, feixe etc.

... 2) palavras que começam com "en" também serão escritas com "x", e não com "ch".
Ex.: enxada, enxame, enxoval, enxaqueca etc.

Obs.: nesse segundo caso, temos apenas uma única exceção: a palavra "encher" e seus derivados.
Ex.: encher, enchimento, enchido, enchente, preencher, etc.

E isso. Até mais.

ORAÇÃO SEM SUJEITO

ÁREA: SINTAXE
ASSUNTO: ORAÇÃO SEM SUJEITO

O verbo "FAZER", quando tiver conotação de tempo decorrido, jamais poderá ir para o plural, pois o sujeito da oração será inexistente.

Ex.:
Faz 1 ano que moro em Belo Horizonte.
Faz 2 anos que moro em Belo Horizonte.

Frases do tipo
...
*Fazem cinco anos que não a vejo. (*sic)
*Fazem dez dias que não fumo. (*sic)

estão sintaticamente incorretas. Portanto, evite esse tipo de construção.

Quando o verbo "fazer" vier em locução verbal, também não deverá ir para o plural, seguindo esse mesmo raciocínio (tempo decorrido).

ERRADO: Vão fazer 10 anos que minha mãe faleceu.
CERTO: Vai fazer 10 anos que minha mãe faleceu.

É isso aí.
Até a próxima.

PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

ÁREA: MORFOLOGIA
ASSUNTO: PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Qual seria o plural de "quebra-mola"? "Quebra-molas", certo? Mas por quê?

Segundo as normas da língua portuguesa, só podem ir para o plural as palavras que se reflexionam dessa fo...rma (substantivos, adjetivos, numerais etc). Verbo, advérbio, preposição e interjeição jamais serão flexionados, ou seja, não podem ir para o plural.

Na palavra "quebra-mola", temos um verbo (quebrar) e um substantivo (mola). Sendo assim, apenas a segunda palavra irá para o plural, já que verbos são sempre invariáveis.

*Quebra-mola
Pl.: Quebra-MOLAS

Veja outro exemplo interessante: vamos identificar o plural das palavras abaixo:

*Guarda-roupa
*Guarda-civil

Na primeira palavra, o vocábulo "guarda" vem do verbo "guardar"; logo, não pode ir para o plural. Já a palavra "roupa" é substantivo e pode ser flexionada.

*Guarda-roupa
Pl.: Guarda-roupas

Na palavra "Guarda-civil" podemos observar que o vocábulo "guarda" não é verbo, é um substantivo "o guarda, o policial". Sendo assim, ambos devem ir para o plural.

*Guarda-civil
Pl.: Guardas-civis

Existem outros casos de plural de substantivos, mas deixaremos para discuti-los numa próxima oportunidade.

Até mais!